Portuguese translation appears after English
We talk all the time about compassion for others; it is one of many constants themes of Buddhist guidance. We also talk about compassion for ourselves, and of the two I think the self-compassion is perhaps the most challenging for people. It is interesting that we can treat our friends better than we treat ourselves, and we think that is somehow permissible or even to be admired. Self-compassion gets convoluted into equating going easy on oneself, or being lazy, or a myriad of other negative things we attach to self-compassion, which we do not similarly attach to compassion when given to others.
Some of the negative associations we make with self-compassion are: indulgent, selfish, self-criticism is motivating, or that somehow it is weak to engage in. Think about this for a moment and consider if these same values are applied when we offer compassion to a friend.
Being compassionate requires us to have loving-kindness for others, and it requires us to be authentic. How can we fully be those for someone else if we are not capable of being so with ourselves? When we are compassionate with others we notice their pain, we are present with them in their pain. It is not indulgent to be witness to and care about the pain others experience. If we ignore our own pain we are in fact denying ourselves the ability to fully understand the pains in the lives of others. Being compassionate does not require the inner-critic for motivation, just as when we are truly compassionate with others we do not need to criticize them instead we support them as they search for solutions of their own. The same is true for us, we don’t need the inner-critic what we need is the voice of compassion that instills confidence to move forward finding a solution to suffering.
Some ways in which we might learn to be self-compassionate are to acknowledge the pain, treat self as a friend, remember your humanity, practice mindfulness, and practice loving-kindness for yourself.
—————-Portuguese translation done by Ícaro Matias—————-
Compaixão e o cuidado de si mesmo
Nós falamos o tempo todo sobre compaixão pelos outros; Este é um dos mais constantes temas de orientação Budista. Nós também falamos sobre compaixão por nós mesmos, e entre os dois, acredito que auto compaixão seja talvez o mais desafiador para as pessoas. É interessante que costumamos tratar nossos amigos melhor que tratamos a nós mesmos, e acreditamos até que seja de alguma maneira correto ou até mesmo admirável. A auto-compaixão é deturpada quando igualada a ser tolerante consigo mesmo, ser preguiçoso ou vários outros conceitos negativos os quais não relacionamos à compaixão que sentimos pelos outros.
Algumas destas associações negativas que fazemos com auto-compaixão são: permissividade, egoísmo e auto-criticismo, tornando então difícil de emprega-la a si. Pense sobre isto por um momento e considere se estes mesmos valores são aplicados quando nós sentimos compaixão por um amigo.
Ser compassivo requer que tenhamos bondade amorosa com os outros, e isto também requer que sejamos autênticos. Como podemos ser inteiramente desta maneira para alguém, se nós não somos capazes de ser com nós mesmos? Quando somos compassivos com os outros percebemos o sofrimento deles e estamos presentes em suas dores. Ou seja, não quer dizer então que somos permissivos ao testemunhar e nos preocupar com o sofrimento que os outros experimentam.
Se ignorarmos nosso próprio sofrimento, estamos proibindo a nós mesmos a habilidade de entender verdadeiramente o sofrimento na vida dos outros. Ser compassivo não requer uma crítica interna como motivação, então quando somos verdadeiramente compassivos com os outros não precisamos critica-los mas sim apoia-los em suas próprias soluções. O mesmo é verdadeiro para nós. Não precisamos de crítica interna, o que precisamos é a voz da compaixão que inspire confiança para seguir em frente e encontrar uma solução para o sofrimento.
Alguns formas de poder aprender a ter auto-compaixão seriam: reconhecer o sofrimento, tratar a si próprio como se fosse um amigo, lembrar-se de sua humanidade, praticar a atenção plena e meditação, além de praticar a bondade amorosa para si mesmo.
*tradução livre do texto “self-care; compassion” do rev. Ryusho Shonin da Nichiren Shu.